domingo, 29 de novembro de 2009

Análise do filme "Dogville" - de Lars Von Trier - Linguagem Audiovisual

1. Elementos da Narrativa:

NARRADOR: No Filme Dogville o narrador é onisciente. O próprio diretor do longa, Lars Von Trier que narra toda a história, muitas vezes contando atos que aconteceram, ou até mesmo pensamentos e intenções implícitos pelos personagens.

CENÁRIO: O cenário de Dogville é Geoficção, um cenário criado sem muitos recursos, que busca apenas prender a atenção do espectador nos personagens e suas histórias.

PERSONAGENS: Grace é a personagem principal, Protagonista, sem nenhum valor moral, que a indica como Anti-héroina. O personagem Thomas Edison Jr. é um dos primeiros a ser apresentado, e passa a impressão de Protagonista e Par Romântico, mas essas características mudam no desenrolar da história, e ele termina como Antagonista, como todos do filme. Não possui nenhum comic relief.

2. A Narrativa segundo Greimas.

Alguém (Grace) deseja conseguir algo (valores morais - ela foge de seu pai, que deseja que ela se torne mafiosa como ele), e durante o caminho, é ajudada por alguém (Thomas Edison Jr., que pede aos moradores que a ajudem aceitando-a na vila. Grace passa a agradá-los em busca de aprovação), é atrapalhada por alguém (todos da vila, pois se sentem ameaçados por ajudá-la).
Seu pai seria o “destinateur”, pois é o motivo por Grace dar início a essa fuga.
O cachorro seria o “receptor”, pois é o único poupado da vingança.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Planificação

Roteiro


Roteiro – Grupo 2 .


01- EXT – BAR – NOITE .


Inicio de uma noite agradável em um dos bares da Bela Vista.


02-INT - BAR – NOITE

Chega ao bar Marcelo (cerca de 30 anos, alto , magro, cabelos loiro e curto) triste e cansado.


03-INT-BAR-NOITE

Marcelo resolve sentar-se no balcão porque não encontrou nenhuma mesa , estão todas ocupadas.


04-INT-BAR-NOITE

Marcelo pede para Zeca o garçom (cerca de 35 a 40 anos, estatura mediana cabelo ralo,barba por fazer, olheiras ) algo para beber.


Marcelo
...Zeca me vê algo bem forte para beber!


5-INT – BAR – NOITE.

Zeca o garçom põem sobre a mesa um copo todo trabalhado e o serve com uma dose de uísque.


6- INT – BAR – NOITE

Zeca o garçom observa intrigado e ligeiramente preocupado com o jeito melancólico do rapaz , enquanto Marcelo toma todo o conteúdo aparentemente amargo do copo.




7- INT – BAR – NOITE.

Zeca o garçom que esta pensativo e assustado resolve lhe oferecer outra dose.


Zeca
...beba mais uma amigo e me conte o que aconteceu? Eu nunca lhe vi assim...





8 – INT – BAR – NOITE

Marcelo ainda muito descontrolado e exaltado bebe com apenas um gole quase todo o uísque.

9 – INT – BAR- NOITE.

Marcelo um pouco constrangido , olha para seu copo que estava quase vazio e começa a falar o que esta deixando-o tão triste.

Marcelo
Aconteceu que fui traído , logo eu que sempre respeitei tanto a nossa relação sempre tratei tão bem , sempre mandei flores , chocolates...



FLASHIBACK.


10 – INT – CASA/ APT. MARCELO – TARDE.

Marcelo chega em sua casa e vê suas malas e objetos pessoais no hall de entrada . E se assusta pois não sabe o por que suas coisas estão para fora.

Marcelo
... voltei para casa como um dia qualquer e encontrei malas no hall da entrada .Sim, estava sendo expulso de minha própria casa...




11- INT - CASA/ APT. MARCELO – TARDE

Marcelo discuti com seu parceiro ( que só é apresento a sombra dele para não revelar sua identidade ).Tanto Marcelo quanto o parceiro dele estão descontrolados, raivosos, exaltados e gritando.

Marcelo

...Disse-me que tinha me trocado por um mané que não me agüentava mais, e que eu fosse embora, por que meu amor era sufocante. Sufocante!!!!


FIM DO FLASHBACK

12-ITN-BAR-NOITE

Marcelo faz um gesto sufocante e Zeca o garçom com um ar de indiguinado e revoltado pelo o que tinha acabado de escutar resolve falar para Marcelo o que pensava a respeito do que aconteceu.


Zeca
...Vê como as mulheres são? Pobres de nós , homens , nas mãos delas.


13-INT-BAR- NOITE

Neste momento Marcelo não parece se importar com o que Zeca o garçom diz e resolve pegar o celular do bolso, o garçom se mostra curiosos.

14-INT-BAR-NOITE

Marcelo mostra á Zeca o garçom uma foto dele e de seu namorado.


15-INT-BAR-NOITE

Zeca o garçom faz um cara de surpresa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Genero: Documentário - Liguagem Audiovisual


François Truffaut morreu em 1984 de câncer no cérebro. O mundo perdia um dos criadores da Nouvelle Vague, além de diretor, crítico, ator e produtor. Sua infância, em nenhum momento , demonstrava o que ele se tornaria ao crescer. Sendo praticamente um deliquente juvenil, Truffaut passou por várias instituições de menores infratores.

Parte de sua infância esta retratada em seu primeiro longa-metragem: Les Quatre Cents Coups (Os Incompreendidos). Após estas dificuldades da infância, Truffaut conheceu Andre Bazin que seria seu grande mentor e “padrinho”, aconselhou-o para ver três filmes por dia e ler três livros por semana.

Nessa mesma época, Cahiers du Cinema, revista criada por Bazin, admitiu Truffaut como crítico. A revista também contava com Claude Chabrol, Jean-Luc Godard e Eric Rohmer. Grande parte dessas pessoas se tornariam idealizadoras da “Nouvelle Vague” que defendia o cinema de autor.
Com “Os Incompreendidos”, Truffaut conseguiu grande visibilidade, principalmente com a exibição do filme em Cannes.

Ele faria ainda outros três filmes sobre o seu alter ego Antoine Doinel, sempre interpretado por Jean-Pierre Léaud; “Beijos Proibidos”, “Domicilio Conjugal” e “O Amor em Fuga”. Adaptou duas obras literárias para o cinema: “Fahrenheit 451” e “Jules e Jim”, protagonizado por Jeanne Moreau; além de ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro pela “A Noite Americana”.

Apesar da infância difícil, François Truffaut tornou-se um dos diretores de cinema mais ascendentes de sua época e indispensável para qualquer fã de cinema ainda nos dias de hoje.

Dogville - Linguagem Audiovisual

Figurino – Todos os figurinos tem predominância de tons de marrom e verde –escuro transparecendo a mesmice e a rotina dos personagens .As roupas dos personagens que moram na vila são velhas e puídas, quando Grace chega em Dogville suas roupas demonstram ostentação e luxo, mais ao decorrer do filme ela se adequar a cidade e a suas roupas monótonas .


Maquiagem - todos os personagens tem um ar de doente e pálido ; moram perto das montanhas onde tem um ar frio de estagnação, isso transparece na maquiagem.A vaidade não é característica nem dos homem e nem das mulheres da cidade, elas não usam maquiagem aparente, exceto também Grace quando chega na cidade.


Cenário –A ausência de paredes nas casas é utilizada para demonstrando a monotonia e a rotina de todos os habitantes da cidade,dando a idéia de que todos já se conhecem e que não a nada o que esconder por mais que tentem por ser uma cidade pequena e isolada das outras .Por não ter parede os efeitos sonoros são muito explorados os sons das portas abrindo e fechando, os latidos do cachorro,as demarcações nos chão mostrando os limites das casas e a estrutura das mina , dando idéias de cenário mesmo na ausência dele, demonstrando localização para a pessoa que esta vendo filme .Devemos salientar também que o cenário é delimitado por painéis que ao dia ficam brancos e a noite ficam pretos, que não só funcionam como signos temporais mas também ajuda transmitir a sensação de isolamento de Dogville,por acrescentar um aspecto de “infinito” ao cenário , além também é claro de funcionar como recurso dramático acompanhando assim a curva narrativa, como é por exemplo no momento do epílogo da história , onde o fundo fica vermelho correspondendo assim a ação incendiaria e destrutiva dos gângsteres.


Fotografia – Em todo o filme a predominância de cenas filmadas através de câmera na mão.
Também é bastante decorrente um plano geral de cima,um ponto de vista que nos oferece uma visão do cenário que se assemelha com um jogo de tabuleiro, fazendo menção a situação de Grace e sua relação com os habitantes de cidade.Nessas cenas ressalta-se a inferioridade dos personagens e suas similaridades entre si, porque visto de cima todos os habitantes são iguais e de mesmo tamanho.

Foto Novela


A fotonovela teve início na década de 40 na Itália , motivada pelo crescimento e a popularização do cinema e da fama dos atores , como o ator Tony Kendall .Como o publico do cinema era restrito e a televisão tinha uma limitada difusão, avia um aperfeiçoamento técnico da fotografia, são fatores muito importantes para o inicio da fotonovela.


Os iniciantes a fazerem a fotonovela na Itália foram Stefano Reda e Damiano Damiani , que publicavam em revistas algumas adaptações de filmes de sucesso, (o chamado cine-romance que adaptou, “O Conde de Monte Cristo”, “O Monte dos Vendavais” e “A Dama das Camélias”).Como o neo- realismo estava em aceitação na Itália as temáticas das fotonovelas era o quotidiano , temáticas urbanas e realistas.

Mais tarde a fotonovela fica independente do cinema e caracteriza pelas suas intrigas sentimentais, os personagens são estereotipados , ou seja os bonzinhos sempre serão bons com uma vida muito sofrida e amores impossíveis , já os malvados sempre serão mal até o fim da historia e ao final sofrem as conseqüências das suas maldades.Os temas das historias variam entre problemas sociais , afetivos, a marginalidade, e etc.


O público das fotonovelas no início eram femininos e culturalmente pouco exigente, não tinham uma formação boa e eram de um poder econômico baixo.As revistas tinham como objetivo transmitir princípios éticos , morais e sociais concordantes com o sistema de valores dominantes através da integração da mulher na sociedade.

A fotonovela surge na França em 1949 e logo se expande para Luxemburgo e Bélgica , na Espanha surge nos finais dos anos 60, com um publico muito extenso, mais tarde aparece na América Latina e na África do Norte.

A narrativa usada na fotonovela é muito semelhante a da historia em quadrinhos, cada imagem apresenta um plano da ação acompanhado de um texto, que reproduz o que as personagens estão falando, também funcionando como legenda, o encadeamento da ação é lógico e cronológico, utilizando muitas vezes de elipse.A historia é muitas vezes arrastada por vários números de revistas, o que aproximava a fotonovela do romance-folhetim e do folhetim radiofônico.